Publicada: 28/12/2008
Texto: Eugênio NascimentoAPOSTANDO NA RENOVAÇÃO DA BANCADA DE SERGIPE NO SENADO FEDERAL, O EX-DEPUTADO FEDERAL JOÃO FONTES DESEJA ENTRAR NA DISPUTA. FONTES, QUE DEFENDE QUE O SEU PPS CONTINUE ALIADO DO GOVERNADOR MARCELO DÉDA (PT), EMBORA NO PLANO NACIONAL A AGREMIAÇÃO APOSTE NUMA ALIANÇA COM O PSDB, JÁ COLOCOU O SEU NOME À DISPOSIÇÃO DO PPS PARA CONCORRER AO CARGO DE SENADOR EM 2010 E, “COM CERTEZA, LUTAREMOS JUNTOS PARA QUE O NOSSO PARTIDO OCUPE UMA DAS DUAS VAGAS, QUEBRANDO MAIS UM CICLO DE POLÍTICOS QUE JÁ DERAM A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTADO, MAS QUE AGORA PRECISAM ACEITAR QUE VIVEMOS TEMPOS DE RENOVAÇÃO. AFINAL, O SENADO NÃO PODE SER CONFUNDIDO COMO CAPITANIA HEREDITÁRIA OU PROPRIEDADE PARTICULAR DE NINGUÉM. TUDO TEM O SEU TEMPO”.w Jornal da Cidade - O PPS tende a formalizar um outro acordo político nacional sem o PT. Isso acontecendo, como fica a situação aqui em Sergipe? JOÃO FONTES - Não vejo problema nisso, até porque, durante o período da eleição municipal de 2008, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, sinalizou a possibilidade do nosso partido ter autonomia para compor em Sergipe de forma diferente do plano nacional para a eleição de 2010. w JC - É melhor para o PPS uma coligação com o PT, com o PSDB ou PSB, isso nos planos nacional e estadual? JF - É pública e notória a postura do PPS em ser oposição ao governo federal. No Congresso Nacional, o partido faz parte do bloco ligado ao PSDB e já é decisão do PPS marchar com a candidatura do governador de São Paulo, José Serra, para presidente da República. Em Sergipe, vamos discutir no momento adequado sobre esse tema, porém, há muita vontade dos nossos militantes em apoiar a reeleição do governador Marcelo Déda. w JC - O PPS tem condições ou pensa na possibilidade de entrar numa disputa sozinho ou numa aliança com pequenos partidos? JF - Existe hoje uma polarização entre dois blocos políticos, tanto no plano nacional como no estadual. Um grupo liderado pelo PT e outro grupo liderado pelo PSDB e os seus partidos aliados. w JC - O PPS caminha unido nessa proposta de apoio ao PT sergipano? Quantos prefeitos tem e quantos estão aliados de Déda? Quantos vereadores? JF - Hoje a tendência maior do nosso partido é marchar com a candidatura à reeleição do governador Marcelo Déda em 2010. Agora, é claro que o partido terá que ter o seu espaço dentro da chapa que encabeçará esse projeto. O PPS elegeu um prefeito, que foi Painho, de Feira Nova, e 20 vereadores. w JC - A chapa para o Senado deve ser Valadares e Jackson ou pode-se abrir um espaço para Eduardo Amorim, como deseja o PSC? O seu PPS não quer o Senado também não? JF - Pessoalmente, entendo que na eleição para o Senado em 2010, quando teremos duas vagas para ser preenchidas, deverá acontecer mudanças profundas na sua representação, uma vez que temos péssimos representantes naquela casa. Os ventos de mudança, que já sopraram em Sergipe na eleição de 1974 para o Senado, quando findou o ciclo de um grande político que Sergipe já produziu, o ex-governador Leandro Maciel, trouxe a surpresa de um dos melhores quadros que o Estado já disponibilizou no Senado Federal, que foi o senador Gilvan Rocha. Em 1994, fato idêntico aconteceu com o fim do ciclo de Lourival Baptista. O povo sergipano, de forma surpreendente, elegeu José Eduardo Dutra, que muito bem ocupou o espaço no Senado Federal durante o período do seu mandato. Em 2010, no meu entendimento, haverá uma renovação total da representação de Sergipe no Senado da República. Já coloquei o meu nome à disposição do PPS para concorrer ao cargo de senador em 2010 e, com certeza, lutaremos juntos para que o nosso partido ocupe uma das duas vagas, quebrando mais um ciclo de políticos que já deram a sua contribuição para o Estado, mas que agora precisam aceitar que vivemos tempos de renovação. Afinal, o Senado não pode ser confundido como capitania hereditária ou propriedade particular de ninguém. Tudo tem o seu tempo. w JC - Os efeitos da crise internacional podem prejudicar Lula e Déda nas sucessões presidencial e estadual? JF - Na minha visão, o próximo presidente da República será o governador José Serra, independente da crise internacional, como não acredito que Déda terá dificuldade de conquistar a reeleição para governador do Estado, também independente da conjuntura econômica mundial. Até porque, as finanças do governo estadual vão muito bem. ( matéria extraida do Jornal da Cidade).
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