Agora que fazem vinte anos da primeira eleição direta para presidente depois de quase três décadas, não custa relembrar alguns lances daquela campanha. O pernambucano Roberto Freire concorreu pelo ainda existente PCB – Partido Comunista Brasileiro. Sobre um caixote de madeira, ela fala para bancários em Brasília.
Como foi – Não era uma campanha de muitos recursos financeiros. Raríssimos foram os comícios em que o candidato teve ao seu dispor palanques de grande porte, carros de som e automóveis para gigantescas carreatas. Sua peça mais forte não era resultado de uma novidade chamada marketing político então introduzido no Brasil. Sua força era seu próprio discurso, a retórica de sua palavra. Eu cobria para Veja a corrida de Fernando Collor, que acabou sendo o vencedor. Nesse dia aí, de passagem por Brasília, não perdi a oportunidade de fotografar também Roberto Freire. Ele ficou em oitavo lugar, com pouco mais de um por cento dos votos. Orlando Brito.
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