terça-feira, 14 de abril de 2009

TC: Amorim esclarece retirada do apoio do PSC à candidatura de Suzana

O presidente de honra do PSC, Edvan Amorim, esclareceu nesta terça-feira, 14, em entrevista ao programa Jornal da Ilha, apresentado pelo deputado estadual e radialista Gilmar Carvalho, alguns fatos envolvendo a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. As explicações se devem a algumas declarações da deputada estadual Susana Azevedo (PSC), publicadas na imprensa, de que teria sido fritada e traída pelo partido durante o processo de escolha, uma vez que ele colocou seu nome na disputa.

Segundo Amorim, o partido apoiou sim a candidatura de Susana, mas o governador Marcelo Déda lançou o nome do secretário de Governo Clóvis Barbosa para a disputa. Diante disso, os parlamentares da bancada de sustentação ao Governo na Assembléia Legislativa mudaram de opinião e acataram a indicação de Déda. Alguns deputados da oposição também já manifestaram que vão apoiar Clovis Barbosa. O candidato governista já possui apoio de 20 deputados, sendo quatro da oposição.

“Como a partido dá sustentação ao Governo, avisei a Susana que o nome dela como candidata a conselheira do TCE estaria fragilizado, tendo em vista que a maioria dos deputados apoiaria o nome de Clóvis Barbosa, inclusive quatro parlamentares da oposição também já votaram a favor da decisão do governador. Expus esta situação à deputada e comuniquei que a decisão do partido é o que a maioria prefere. Neste caso, o apoio a Clóvis Barbosa”, declarou Edvan Amorim.

O presidente de honra afirmou ainda, durante a entrevista, que até o governador Marcelo Déda lançar o nome de Clovis Barbosa, a candidatura de Susana estaria apoiada pela maioria dos parlamentares da Assembléia e pela direção do partido. “A decisão mudou após o almoço realizado entre deputados e o governador no dia 3 de abril. Em conversa com o chefe do executivo estadual, fui informado por ele que Susana Azevedo não teria o seu apoio porque o suplente que iria assumir a vaga dela na Assembléia é o braço direito do ex-governador João Alves Filho, ou seja, o ex-deputado Nicodemos Falcão (DEM). Mesmo os deputados que já haviam firmado compromisso de votar em Susana para ocupar a vaga de conselheira do TCE, mudaram de opinião. Então ela ficou sem apoio dos próprios colegas. Em momento algum foi traída ou fritada pelo partido”, acrescentou Amorim.

Decisão de deixar o partido
Em entrevista ao mesmo programa, a deputada Susana Azevedo afirmou que vai analisar a permanência no PSC. “Não há mais condição de convivência no partido. Edvan Amorim não me comunicou da decisão do governador. Marcelo Déda anunciou o nome de Clóvis Barbosa em uma sexta-feira e ele só convocou uma reunião com os membros do PSC na segunda-feira posterior. Portanto, não achei que o processo foi feito de forma transparente. Deveria sim ter sido informada de todos os acontecimentos”, declarou Susana.

A deputada atribuiu o ‘transtorno’ causado a Edvan Amorim, quando disse que o governador Marcelo Déda já havia declarado que não iria apoiá-la. “Desde dezembro de 2008, Déda me disse que não iria apoiar a minha candidatura, porque já teria outro nome. Na época, Benedito Figueiredo, depois é que passou a ser cogitado o nome de Clóvis Barbosa. Então, o único erro foi Amorim não ter convocado a reunião antes do anúncio do governador. Por este motivo, vou analisar a minha permanência no PSC. Seja o que Deus quiser”, completou a parlamentar. Fonte Nenoticias.

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