Por Raissa Cruz
O presidente do PPS e pré-candidato ao governo do Estado, Nilson Lima, avaliou que Sergipe não vive "as mudanças" prometidas pelo governo atual. Para ele, que é ex-secretário da Fazenda do governo Marcelo Déda, o Estado de hoje se iguala ao que viveu em governos anteriores, onde segundo Nilson, "se permitia trens da alegria". Nesta sexta-feira, dia 19, durante o encontro Estadual do PPS, Nilson taxou: "o governo de hoje é a mesmice continuada e piorada".
"Uma fila para recrutar pessoas sem concurso público? Isso não é mudança. Sergipe ainda está vivendo a pré-história da administração pública. É o retorno. A cena de hoje da fila para inscrição das Fundações, me lembrou o tempo de Valadares antes da constituição de 88. Com a praça tomada de gente, para o chamado trem da alegria. E ainda ouvimos declarações de aprovados no concurso público que estavam se humilhando nessa fila para conseguir uma vaga", criticou ele.
Nilson afirmou que "os que militam na política sabem que quando se exige um currículo, só tem êxito quem tem padrinho político. É o trem da alegria. Muitos dos que denunciaram trens da alegria, hoje permitem que esses trens entrem nos trilhos", denunciou Nilson, que observou que depois de sua liderança a frente da Mesa de Negociações com os servidores, não teve quem desse continuidade.
O ex-secretário considerou ainda que "há uma desorientação administrativa no governo". Ele lembrou do caso dos loteamentos, comentado, recentemente, pela deputada Ana Lúcia, que, de acordo com Nilson, sempre existiram, e falou do prejuízo que o Estado acarreta com isso, devido a falta de autonomia dos seus gestores.
"Porque se tem que satisfazer visões diversas. Tem que atender a lideranças que não, necessariamente, a política pública referendaria. E o pior: os resultados são pífios. Onde não se sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve", considerou Nilson, referindo também ao reflexo da chamada "coalizão" no governo de Sergipe.
PPS quer governo
No encontro, o PPS definiu que será adversário de qualquer partido que lançar candidato a governador. "Nossas possibilidades de alianças com outros partidos devem ter essa condição: Não abrimos mão de um candidato ao governo, com Nilson Lima, e um ao Senado, com Emanuel Cacho".
O presidente da sigla disse ainda que "o PPS é a novidade, que está chegando com ideias novas e competentes para o Estado", e não descartou alianças com o ex-governador João Alves Filho (DEM) ou com Marcelo Déda (PT). Fazendo, no entanto, a seguinte ressalva: "nacionalmente nosso partido é contra o governo Lula. E eu estou com o PPS. Então, será difícil a possibilidade de aliança com Déda. Fonte universopolítico
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