O partido fez uma ruptura com a concepção marxista-leninista e abraçou a liberdade, lembra Givaldo Siqueira. "O socialismo é derivado da democracia; é a democracia levada o mais longe possível". Esse entendimento, avalia, distingue o que um dia foi daquilo que passou a ser o PCB/PPS. O desafio da legenda, diz Givaldo, "é desenvolver essa concepção de Brasil; por isso escolha da radicalidade democrática, ou seja, o desenvolvimento radical da democracia".
Desde os tempos do PCB, o partido tem uma opção pela construção de alianças, salienta Siqueira. "Temos clareza de que não podemos equacionar e resolver os problemas sozinhos, de que é necessária a formação de um bloco de forças poderoso, democrático, capaz de encaminhar as reformas e transformações no Brasil". Nessas eleições, o PPS compõe o bloco liderado pelo governador de São Paulo, José Serra. "Ao nosso ver, ele significa a possibilidade de transformação, em oposição ao bloco conservador e fisiológico que está atualmente no poder, que se estrutura na aliança entre PT e PMDB ‘et caterva’".
O PPS, explica Givaldo Siqueira, espera que o futuro governo Serra encaminhe as reformas "que torne o Estado cada vez mais democrático e que envolva sempre mais a sociedade no plano de governo para o encaminhamento das soluções para o Brasil". Ele lembra que Serra sempre teve uma relação estreita com a esquerda e, especialmente, com o PCB/PPS.
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