quinta-feira, 12 de março de 2009

Kassab diz que tem 'sonho' de que Serra seja presidente

Prefeito de São Paulo citou governador como 'comandante político'.
Vice-governador Alberto Goldman rebateu declarações de Aécio Neves.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse nesta quarta-feira (11) que sonha em ver o governador José Serra (PSDB) como presidente da República.

Questionado sobre quem gostaria que o sucedesse na Prefeitura em 2012, Kassab foi reticente no âmbito municipal, mas incisivo no federal. "No momento adequado, definiremos os candidatos liderados pelo nosso comandante político na cidade, o governador José Serra. Eu tenho um sonho: que Serra seja presidente da República."

Apesar de ausente na inauguração de um trecho do Expresso Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista, o governador de São Paulo foi uma constante nos discursos de vereadores, de Kassab e do vice-governador Alberto Goldman (PSDB), que representava o tucano.

Serra foi aclamado como o autor da reformulação do projeto do corredor de ônibus. A ideia do grande corredor surgiu na gestão do ex-prefeito Celso Pitta, mas a obra teve atrasos e alterações e ainda não foi concluída.

"Durante anos, tivemos palitos suspensos por parte da cidade, atrapalhando o trânsito, sem servir para nada", criticou Goldman. "Serra e Kassab remodelaram o projeto para atingir Cidade Tiradentes."

O vice-governador de São Paulo fez questão de citar investimentos do governo do Estado no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e a parceria entre município e administração estadual. "Mostramos ao país como trabalhar integradamente com o interesse público acima de qualquer interesse político eleitoral ou partidário", disse Goldman, reproduzindo um discurso de Serra.

Aécio

Sem citar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), Goldman rebateu as declarações do mineiro de que haveria uma tentativa de decidir o candidato tucano a 2010 a partir da Avenida Paulista, em referência implícita a Serra. Na terça (10), Aécio havia dito que "não se constrói um projeto para o país de alguns gabinetes da Avenida Paulista, mas caminhando pelo país".

O vice-governador paulista respondeu: "O futuro do país é sempre decidido pelo povo na urna. Serra ainda tem dois anos de mandato e tem de trabalhar para administrar São Paulo. Até o momento em que a legislação, eventualmente, obrigue algum de nós a deixar o cargo para ser candidato, faremos isso." Fonte Globo.com

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