quarta-feira, 25 de março de 2009

PCB-PPS completa 87 anos de história


O Partido Popular Socialista (PPS) comemora, nesta quarta-feira, 87 anos de lutas pelo Brasil. É, sem dúvida, a força política mais resistente na história do país. Nascido no dia 25 de março de 1922, em Niterói, como PC-SBIC (Partido Comunista, Seção Brasileira da Internacional Comunista), mudou seu nome para PPS em seu X Congresso, em São Paulo, no dia 26 de janeiro de 1992. Legenda reconhecida por sua combatividade, atravessou a história política do país sempre lutando pelo direito dos trabalhadores e levantando a bandeira da justiça social. Foi perseguida duramente por isso. Militantes foram presos, torturados e assassinados por ditaduras. Na maior parte de sua história, teve que atuar na clandestinidade.


Nesse período, teve seu principal líder, Luiz Carlos Prestes, duramente perseguido por diversos governos autoritários. O Cavaleiro da Esperança passou anos na cadeia, mas nunca deixou de participar ativamente da vida política brasileira, comandando, mesmo do cárcere, a atuação do partido junto a movimentos populares. No decorrer da história, o PCB teve papel destacado nos principais acontecimentos políticos do país. (Confira mais sobre esse período)

Na década de 80, com a retomada da democracia no Brasil e a consequente legalização da legenda, o processo de renovação interna do partido ganha força. A queda do muro de Berlim, em 1989, e a derrocada do "socialismo real" no Leste europeu reforçam essa necessidade. Nesse período, o ainda PCB lançou pela primeira vez candidato próprio a presidente da República, nas primeiras eleições diretas após o fim da ditadura militar. Roberto Freire, presidente do partido, percorreu o país numa campanha histórica para os comunistas.


Em 1992 a mudança se concretiza. Freire, então presidente do PCB, convoca o X Congresso que altera o nome e a sigla de Partido Comunista Brasileiro - PCB para Partido Popular Socialista - PPS (leia o Manifesto de Fundação do PPS). O PCB se torna então o primeiro PC no continente a mudar radicalmente sua política, sua estrutura orgânica e sua simbologia.

De lá para cá, o PPS lançou mais duas vezes candidato próprio a presidente da República. O ex-governador do Ceará e atual deputado Ciro Gomes, que deixou a legenda em 2005, concorreu como candidato a presidente pelo PPS em 1998 e 2002. Em 2006, o partido apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Para 2010, o meta do PPS já está definida: integrar o bloco de oposição junto com PSDB e DEM e outras forças democráticas para enfrentar o candidato apoiado pelo presidente Lula e conquistar a Presidência da República.

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